Como sempre os grandes estúdios serraram os dentes e não mediram qualquer esforço financeiro para estrear as suas maior produções.
Numa época onde a crise e a austeridade imperam, importa rever o que podem muito bem ter sido os 5 maiores flops deste Verão de 2001.
Sem querer dar uma ordem especial a cada um, começamos por ‘Priest‘, da Sony’s Screen Gems. Com Paul Bettany, Cam Gigandet e Maggie Q como cabeças de cartaz, a adaptação americana ao cinema da novela gráfica coreana acabou por representar a maior aposta de sempre da produtora, com um investimento de 60 milhões de dólares. No entanto o flop foi quase absoluto, tendo mesmo passado directamente para DVD e BD em alguns paízes (como Portugal).
Só não foi um flop absoluto, porque acabou por render 76 milhões de dólares (29 nos EUA/47 no resto do mundo), o que deu pelo menos para pagar o investimento e ainda sair com algum dinheiro no bolso. Um filme apocalíptico que nos prometia fazer recordar os tempos de ‘Mad Max‘, mas que acabou por estar longe de tal épico cinematográfico.
Nesta lista importa agora falar em Ryan Reynolds. Isto porque o actor terá tido em 2011 o seu ano de glória, em termos de castings, sendo escolhido para duas das maiores produções de Verão. No entanto falharam as duas de forma redonda, talvez não apenas por sua culpa.
Falando de ‘Green Lantern‘, a crítica americana arrasadora cedo foi um muito mau pronuncio. A adaptação do herói da banda desenhada era complicada, muito por força de dois factores: o ambiente gráfico iria tomar um protagonismo que facilmente se tornaria exagerado; o herói não é um dos principais da DC Comics, relegado para um segundo plano ante a presença de Superman ou Batman (estão quase a chegar os novos filmes dos dois heróis).
Com um elenco fraco e uma história desinteressante, o filme demonstrou sempre muito pouco ritmo, acabando por lucrar 19 milhões de dólares, numa produção que custou 200 milhões à Warner Bros. Pictures!
‘The Change-Up‘, uma comédia realizada por David Dobkin (‘Wedding Crashers‘), trazia ao lado de Ryan os actores Jason Bateman e Olivia Wilde. O filme é uma comédia-romântica projectada para agradar ao público masculino, o que geralmente é o mesmo que dizer: é cerveja mas não tem álcool. Perde o entusiasmo ou a espontaneidade e acaba por esbarrar em todos os lugares comuns e tempos do género. Consta na lista por isso, mas também por quase ter perdido dinheiro.
Com a Universal Pictures a assumir um custo de produção a rondar os 52 milhões de dólares, fez nos EUA apenas 34 milhões, muito fruto do facto de ser considerado para adultos (R-Rated). Quem viu o filme estará nesta altura a pensar o porquê deste Rated R…
Aproveitando a ponte do elenco deste último filme, em particular Olivia Wilde, saltamos para ‘Cowboys & Aliens‘. Pessoalmente o filme desta lista que mais expectativa criava. Baseado na novela gráfica criada por Scott Mitchell Rosemberg, o ainda CEO da Platinum Studios (distribuidora da maior colecção de novelas gráficas independentes do mundo), traz ao cinema uma mistura fascinante entre a Ficção Científica e os Westerns. A ajudar à festa estava Jon Favreau na cadeira de realizador, saído de dois ‘Homem de Ferro‘ de qualidade inegável e com um grande impacto na box office mundial. E depois o elenco, com o James Bond no activo Daniel Craig, ao lado do eterno Harrison “Indiana Jones” Ford. Mas o resultado final acabou por desiludir os fãs, relegando o filme para a categoria de flop. Para muitos uma desilusão, poderá ter sofrido aqui um pouco a consequência das expectativas que gerou e que, geralmente, são impossíveis de manter. Em termos objectivos, a aventura que custou à Universal Pictures perto de 160 milhões de dólares, tendo lucrado 74 milhões, o que dá carta verde a Favreau para continuar a filmar… só não deverá filmar uma sequela!
Por fim, ‘Conan the Barbarian‘. Com o custo de produção da Lionsgate a rondar os 90 milhões de dólares, ainda não chegou aos 60 milhões (!), o que faz dele o Rei desta lista. Reboot do filme de 1985 com o então ENORME Arnold Schwarzenegger, contava ainda com James Earl Jones e Max von Sydow. Agora e pela mão de Marcus Nispel, o mesmo de ‘Massacre no Texas‘ de 2003, acabou por desmoronar-se de forma absolutamente espectacular. E tudo muito por culpa de um guião que de tão fraco, acaba a espaços por não fazer sentido. A questão de fazer reboot a filmes pode fazer algum sentido se for para contar a história de uma outra forma, geralmente mais adulta, para um outro público. Não para a desmontar toda e a remontar de forma arbitrária e sem sentido, fruto 7 anos (!) de desenvolvimento. A Warner Bros. quereria dar seguimento à saga com o título King Conan: Crown of Iron, mas a eleição de Schwarzenegger para governador da Califórnia em 2003 acabou com o projecto. Vieram muitos nomes ao longo dos 7 anos, com especial relevância para Robert Rodriguez que o abandonou em 2006. Assim, escusado é comentar muito mais, ficando a nota para os excelentes efeitos visuais e para a beleza de Rachel Nichols e Rose McGowan (mesmo como a feiticeira má) em contraponto com a rudeza de Jason Momoa e Ron Perlman.
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